Um mundo de coisas pra fazer juntos!

Ficar em casa com os filhos, mesmo que apenas no final de semana, a primeira vista, pode parecer assustador…São 24 horas juntos, face a face com nossos quereres e não quereres! E mais do que isso, ainda com nossas dúvidas, fraquezas e pensamento automaticamente escolarizado, queremos pensar em “coisas para oferecer”.

Esse tempo que estamos com o Lucano em casa, mesmo que a cidade ofereça uma série de opções para desfrutarmos, olhar para como cada um de nós acordou, como o dia nasceu (se chuvoso ou ensolarado) e quais as possibilidades que temos no momento, as coisas que ele tem tido interesse (e as nossas também) tem determinado como o dia será.  E para além de deixar que “a gente só faça o que quer”, porque também fazemos coisas que não queremos, porque precisam ser feitas independente de qualquer escolha que façamos na vida,  esses dias têm sido de uma riqueza impagável!!

As manhãs do Lucano têm sido mágicas: tocar guitarra com o papai, pular e dançar rindo pra valer, ouvir histórias ao som de boa música, fazer teatro de bonecos, aventura pelas trilhas de casa… Fico aqui imaginando a força do mundo interno do Lucano que vai se construindo na companhia desse pai amoroso, criativo e presente! (também fico pensando que deve ser muito aborrecido ficar comigo…hehehe. Quase que consigo ver fumacinha colorida e estrelinhas saindo pela janela quando os dois estão brincando juntos…) São essas coisas que ficam pro resto da vida dentro de uma pessoa e é isso que depois ela consegue colocar pro mundo, quando cresce!!! Delícia!!!

Fomos encontrar o amigo Rafa no Jardim Botânico e de quebra fizemos um novo amigo! Corremos o dia todo, fizemos um piquenique delicioso, olhamos os cisnes negros no lago, fomos ao museu e vimos a exposição sobre dinossauros, ouvimos e dançamos ao som da orquestra e até mordida de tartaruga o Lucano recebeu!

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Também fomos ao encontro de Crianças da Unimed, onde dou aula de Shantala: Cuidando da Criançada!

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Na sexta temos feito uma receita gostosa juntos, para o lanche. Hummm!

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E enquanto o bolo não fica pronto, lá foi ele brincar…

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Depois uma trilha nos caminhos de casa, para fazer o piquenique e comer o bolo feito a quatro mãos, e uma visitinha na casa dos amigos. Nossa! Tem uma gatinha nova!

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Pra enfim, terminar o dia dormindo (a jato) antes mesmo do nosso agradecimento pelo dia acabar!

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Tenho descoberto na prática o que os estudos já tinham me ensinado: para ter crianças tranquilas, que não dão piti, é preciso adultos envolvidos (com elas), dispostos (muito mais do que enchê-las de atividades, que podem produzir o efeito contrário, estressando as crianças, que dão piti porque estão cansadas). Quando estamos inteiros com ele, ele chora pouco, quase nada, pede pouca televisão (e já tem entendido que é melhor brincar junto do que ver televisão), conversa muito (porque sente-se escutado também), diz muito “eu te amo!”, abraça muito a gente, ri muito, conta muita história engraçada e dorme bem! E sabem o que mais? Não tem ficado doente! O sistema imunológico se fortalece com um emocional bem amparado!!

Quando estou com ele e ele começa a choramingar, pedir as coisas chorando, querer dar chilique, me pergunto: “o que estou querendo fazer?” ou “por que estou querendo que ele faça isto?” ou ainda “por que não quero que ele faça isso?”. Essas perguntas tem me ajudado a refletir sobre a minha presença, minha postura, sobre o que eu repito de minha educação, o que a sociedade está acostumada a fazer com as crianças e que a gente nem questiona por acomodação. E na verdade, quando a gente faz o que parece mais fácil, porque é automático e não precisamos fazer força para realizar, tudo fica bem mais difícil, porque as crianças não vêm com manual de instruções e cada uma é muito diferente da outra, além de uma única viver momentos diferentes em um mesmo dia.

O que tem valido mais que qualquer outra coisa, é essa presença: estar inteira com ele, ouvindo suas necessidades, mesmo as não ditas, sem querer impor nada, conduzindo-o pela alegria, pela fantasia e pela linguagem que ele mais entende: a brincadeira. Por que se não faço assim, na certa, vamos lutar um com a vontade do outro, e então, o dia será muito mais cansativo!

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